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EM UMA NOITE DE NATAL
Odir Milanez
Um tico de menina, um quase nada,
quase nada de seios sob a blusa,
a boca de batom toda borrada,
drogada a parecer, meio confusa,
Decota mais a blusa decotada,
entra em meu carro, sem temer recusa,
oferta o corpo e, de maneira ousada,
em minha noite insere-se essa intrusa!
Mando que saia. Chora. É-lhe fatal
o ganho pelo corpo não formado,
principalmente numa noite tal:
- Pelo nome de Deus, dê-me um trocado!
Morre o meu pai na Noite de Natal,
carece o corpo seu ser sepultado!
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Nas variantes entre o bem e o mal,
o sentido de amor como é cotado?
JPessoa/PB
11.12.2011
oklima
Sou somente um escriba que escuta a voz do vento e o versa versos d'amor... |