"ALUCINAÇÃO DISCENTE"
E o desespero toma conta sempre ao duvidar;
O pânico se avoluma enquanto o tempo passa;
A tensão é crescente como se o mundo fosse desabar
Sobre cada cabeça... Sobre cada carcaça...
O bloqueio é crescente, não adianta tentar.
Todo assunto agora parece estar soterrado,
Parece que o inconsciente quer uma peça pregar
Por ele não ter reagido, por não ter estudado.
Já não bastasse a perda econômico-financeira
Originada pela permanência na série em questão,
Cresce o drama por saber-se perdido... quase reprovado.
E a cada “terminei” - dito, e na sala, ecoado,
Levantando um coleguinha ao lado, o aluno, em alucinação,
Debruça-se sobre a prova em incontrolável ‘choradeira’.
(ARO. 1993)