"QUEM ACEITA?"
Esta vida é uma passagem
Que ninguém consegue escapar:
Branco, preto, qualquer linhagem,
Iremos todos ao mesmo lugar.
Esta vida é um rascunho
Que a limpo ninguém vai passar,
É um mistério do próprio cunho
Que acontece sem avisar.
Sabemos que um nascimento
Importa na morte acontecer,
E que não adianta maldizer.
Pior é que nesse acontecimento,
Embora consciente da sorte,
Ninguém aceita a própria morte!...
(ARO. 1991)