Soneto da morte...
Vivo sem sorte, nesse léu humano, como réstia...sem a luz,
Na ratoeira de um tempo malsão, onde as nuvens são a deixa...
Para o requinte que se esvai, e que lamenta: Sem chás.
Sem o respeito ao momento familiar: Que nem existe mais.
O tempo que urge e reprime vem, mas se acabrunha diante do mal
Ele restringe-se apenas a passar, e nem se atreve a sobejar...
Parece que agora, o tempo ficou mais velho: aniquilado pelas hostes
E a morte então vem tomar o seu lugar...vem cultuar...
E abocanhar seus víveres mais humanóides que outros então...
Vistoriosa chega e abate tudo que não tem zêlo...
e aquele que em desmantelo está, sucumbi justificadamente..
E aquele que por desvelo floresce, a agonia permanecerá...
Como único alumiar, pois a espera é fecunda ...
Assombrosa mulher, cega e justa: Vem morte! nos cubra...