ENSINO-TE O SILÊNCIO DA MINHA PELE
Minha pele emudecida, por ti grita
Mesmo calada é evidente tua sede
Sede da queda da tua mão; palpita
Fluindo por minhas dunas, na rede.
Primavera lá fora, aqui pétala sou
Gememos cores, aromas, sabores
Tempo em que meu cheiro exalou
E que não existe brecha para dores.
Minha pele viciada que ser tragada
Em uma overdose que faz renascer
Manhãs, tardes, noite e madrugada.
Minha pele emudecida, por ti grita
Ouça a tua voz calada, o teu apelo
Por ti há um frisson, despida agita!
Uberlândia MG