ENSINO-TE O SILÊNCIO DA MINHA PELE

Minha pele emudecida, por ti grita

Mesmo calada é evidente tua sede

Sede da queda da tua mão; palpita

Fluindo por minhas dunas, na rede.

Primavera lá fora, aqui pétala sou

Gememos cores, aromas, sabores

Tempo em que meu cheiro exalou

E que não existe brecha para dores.

Minha pele viciada que ser tragada

Em uma overdose que faz renascer

Manhãs, tardes, noite e madrugada.

Minha pele emudecida, por ti grita

Ouça a tua voz calada, o teu apelo

Por ti há um frisson, despida agita!

Uberlândia MG

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 08/12/2011
Código do texto: T3378942
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.