Quando da minha luz
 
O dia estava triste! O céu estava escuro,
Vozes vagavam aflitas ao vento,
Na imensidão do meu sarcástico convento;
A agonia que ao meu peito perduro!
 
A chuva que caía era fina, o cântico impuro,
E o meu espírito tenebroso e lento,
Dentre a minh’alma de aflição e desalento
Orava aos céus o fulgor que me conjuro:
 
Cânticos incrédulos sem amor e graça,
Que nem de ardor e de esperança a prender
Amenizam os dias de dor e desgraça!
 
Almas rezavam por alegria que impressiona,
Que de tristeza vagueia a perecer:
“Deixa-o à luz, no mesmo amor que a toma!”
 
(Poeta Dolandmay)




Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 08/12/2011
Código do texto: T3378235
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