FOME DE AMOR
Até aonde a vista alcança - some -
Além da flébil linha do horizonte,
A ânsia que aos meus olhos consome,
Demarcada assim em minha fronte.
De longe a mente chama um nome,
Da imensidão, a estrela, a todos conte
Que de amor meu peito sofre e tem fome
E o caminho da saciedade me aponte.
E vai meus passos sobre essas águas,
As vezes fundos, as vezes mágoas,
Mas sempre sonhando, sempre amando.
Por mais que me esbarre nas fronteiras
Dos meus desejos pelas macieiras,
De amor eu vou me saciando.
(YEHORAM)