Quebranto de Poeta Triste

Mirava o tempo através da alma

Que embaçada pelo pranto

Era recanto da lembrança infinda

Quebranto de poeta triste

Mirava a rua pela porta fria

Que escancarada se debatia

Nos braços da tempestade

Que sufocava noite e poesia

E assim brotavam as palavras

Livres de qualquer corrente

Presentes, vivas e dementes

E assim brotavam rimas

Reticentes, duras, complacentes

Bêbadas, dissonantes, dissidentes

Marco Araujo
Enviado por Marco Araujo em 05/01/2007
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