Quebranto de Poeta Triste
Mirava o tempo através da alma
Que embaçada pelo pranto
Era recanto da lembrança infinda
Quebranto de poeta triste
Mirava a rua pela porta fria
Que escancarada se debatia
Nos braços da tempestade
Que sufocava noite e poesia
E assim brotavam as palavras
Livres de qualquer corrente
Presentes, vivas e dementes
E assim brotavam rimas
Reticentes, duras, complacentes
Bêbadas, dissonantes, dissidentes