Grito de alerta
Perdeu a inocência e sua flor mais pura,
Quando criança, brincando com boneca,
Pulava corda, amarelinha, menina mais sapeca
E seu olhar, perdeu o brilho, cor, candura.
Não lembro bem que idade ela tinha,
Quando o pai a visitava em seu quarto,
Todo dia era constante aquele ato,
Que a menina, o seu choro não continha.
Mulher agora, machucada pela vida,
Faz da vida a vida que conhece!
Mutilada flor, pétalas em cicatrizes.
Quem passar pela avenida dos perigos,
Na mulher, não reconhecerá mais a menina!
Exercendo a profissão dos infelizes.