RASTEIRA NA SOLIDÃO
Solidão é sentimento, é um ser escondido,
Sentada e tão pensativa á beira da estrada,
Sustenta-se a devorar ilusões do eu abatido,
Sugando esperança ferida; É fria e malvada!
Sonho que não se realizou na forma e beleza,
Sofreu o corte desta sina que a mim acolheu,
Sordidamente imaculada é nuvem de tristeza,
Soberana também daquilo que nada prometeu.
Sentir seus amargos instantes; quer me engolir!
Sucumbindo as dores do presságio que devoro,
Sorver o que me resta, aos poucos te consumir!
Sua teimosia é demais, mas, não me apavoro,
Sedada ao meu veneno injetado a te consumir,
Sua força não mato, porém, nada eu te imploro.