DECIDI AMAR DE NOVO.

Afinal não se inunda de angustia meu coração, espinhado

não me chateia as broncas de tia setentona, indiferente

embora puxe o violão pra compor uma linda cançao, desafinado.

que ninguem há de querer escutar, passará despercibidamente.

Que vá pro inferno quem me acha tão obsoleto, ultrapassado.

sempre olhando as pernas das meninas, que desfilam apressadas.

já que amar, dançar, e me apaixonar é meu indelével fado

que eles vivam suas vidas certas, enquanto curto minha errada

Que eu morra nos braços roliços da imaculada donzela, rei Davi.

Afinal, o mais importante espólio é o amor que gente faz.

Darei todo o meu dinheiro a senhora de minha vida, profana

Por mais que procure, Diógenes, o amor perfeito, que sorri.

Sem sucesso hesitarei passando na testa a mão tenaz.

Mas, chorarei de prazer sobre o peito da mulher que me ama.