"QUEM PLANTA, COLHE"

Este mundo vive às avessas, na irregularidade,

Muitas leis e regalias e uma falsa liberdade.

Este mundo é o descompasso do que já se imaginou:

Não há direito, só deveres; felicidade não se achou.

Todo pobre morre à míngua, numa discriminação,

Viver em favela ou marginalizado é a sua situação.

A classe média foi extinta a bem da burguesia,

E querer fazê-la renascer é por pura demagogia.

Os poderosos, por outro lado, não sofrem necessidades,

Tudo à mão, tudo à hora... Até o que não se pensou

Surge por encanto como brinde ou mera cortesia.

Mas eles também não são as bandejas do dia-a-dia

A matar a fome e dar lazer àquele que sufocou

Com suas leis arbitrárias, as que lhes deu impunidade.

(ARO. 1995)

Profaro
Enviado por Profaro em 05/12/2011
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