Soneto do Nem Tão Maravilhoso

Soneto do Nem Tão Maravilhoso

Em todo os cantos por onde ando

Aperto o passo, fujo ao desalento

E os olhos, os quais olho com espanto

Congelam de medo qualquer intento

E as ruas são lares de teto estrelado

Em cortinas de vento que cobrem de frio

As almas que habitam os corpos gelados

Que passam doando o medo e arrepio

Coroada na arquitetura de muito esplendor

Ofusca, nos Janeiros, as faces do mal

Mas canta e encanta de tanta beleza

Precisa sobreviver do que não é real

Separar o que é fato do que é natureza...

E maravilhoso sorrir e esconder a dor?

Mira Dias

Mira Dias
Enviado por Mira Dias em 05/12/2011
Código do texto: T3373338
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