Soneto do Nem Tão Maravilhoso
Soneto do Nem Tão Maravilhoso
Em todo os cantos por onde ando
Aperto o passo, fujo ao desalento
E os olhos, os quais olho com espanto
Congelam de medo qualquer intento
E as ruas são lares de teto estrelado
Em cortinas de vento que cobrem de frio
As almas que habitam os corpos gelados
Que passam doando o medo e arrepio
Coroada na arquitetura de muito esplendor
Ofusca, nos Janeiros, as faces do mal
Mas canta e encanta de tanta beleza
Precisa sobreviver do que não é real
Separar o que é fato do que é natureza...
E maravilhoso sorrir e esconder a dor?
Mira Dias