MEU ESCONDERIJO

Que dos meus lábios não venham às verdades,

Da profunda dor que um dia começou de ti,

Tentarei conviver com a minha saudade,

Levando-a comigo em meu triste fim.

Neste ato, que podem ter como covardia,

Mas que para mim é pura forma de vida,

Deslumbro um guardar do que mais prezo,

Meu cristal de lágrimas da vida que levo.

Alfarrábios das lembranças dos perdidos,

Dos pedidos negados e por mim sentidos,

Dos sentimentos que sei não mais terei.

Meu recanto, conforto, tolo esconderijo,

Quando triste e cansado a ele me dirijo,

Falando a mim mesmo de tudo que amei.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 05/12/2011
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