MEU ESCONDERIJO
Que dos meus lábios não venham às verdades,
Da profunda dor que um dia começou de ti,
Tentarei conviver com a minha saudade,
Levando-a comigo em meu triste fim.
Neste ato, que podem ter como covardia,
Mas que para mim é pura forma de vida,
Deslumbro um guardar do que mais prezo,
Meu cristal de lágrimas da vida que levo.
Alfarrábios das lembranças dos perdidos,
Dos pedidos negados e por mim sentidos,
Dos sentimentos que sei não mais terei.
Meu recanto, conforto, tolo esconderijo,
Quando triste e cansado a ele me dirijo,
Falando a mim mesmo de tudo que amei.