BERÇO

Querida mãe, que nasceste em berço sefardita,

Berço esplêndido da terra que faz o mundo,

Que criou costumes mundiais, ó mãe bendita!

Por tua dor me puno, eu me confundo.

Ó ventre que me gerou, seio israelita,

Que passou hereditariedade do profundo,

Da reza, da unicidade que em mim habita,

Da glória divina, do sangue fecundo!

Vejo te mais impoluta que os querubins

Da sagrada arca, desde os confins,

Mas hoje vejo a tua agonia, o teu tormento.

Ó como temo por meu destino, por meu futuro!

Ora - se tu, branca alma, tem um fado duro,

Que dirá de um mau elemento!?

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 05/12/2011
Reeditado em 10/01/2013
Código do texto: T3372808
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