MORTE

Às vezes penso nos teus atos e na frieza

Como abordas um infeliz moribundo

Que se afoga em padecer profundo

Sem meios e sem chances de defesa.

Queres e buscas quando calada

O desgraçado que ousa sobreviver

Confrontando sem forças o teu poder

Quando tu, soberana, ri sossegada.

E essa luta, que é injusta e desigual

Entre o fraco e o forte, és tu imortal

Sem conhecê-la , ostentas a própria sorte.

E a vida que é bela, às vezes turva

A teus pés, pequenina, também se curva

Sem chances e sem perdão de ti, ó morte.

HELDER C ROCHA
Enviado por HELDER C ROCHA em 05/12/2011
Reeditado em 12/12/2020
Código do texto: T3372489
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