MORTE
Às vezes penso nos teus atos e na frieza
Como abordas um infeliz moribundo
Que se afoga em padecer profundo
Sem meios e sem chances de defesa.
Queres e buscas quando calada
O desgraçado que ousa sobreviver
Confrontando sem forças o teu poder
Quando tu, soberana, ri sossegada.
E essa luta, que é injusta e desigual
Entre o fraco e o forte, és tu imortal
Sem conhecê-la , ostentas a própria sorte.
E a vida que é bela, às vezes turva
A teus pés, pequenina, também se curva
Sem chances e sem perdão de ti, ó morte.