ESBOÇO DE UM SONETO INACABADO
Bebo sedento teu lábio faminto
Todo ópio que teu corpo contém
E o dia fatigado suspira latejante
Qual eco contido que faz-me refém.
Teu íntimo acende-me a vulcânica labareda
Suavemente adormecida por tua ausência
Teus seios farto multiplicam minha sede
De doar-me a ti intermitentemente.
Contemplo ardorosamente tua vicissitude
Sobre o profundo azul do infinito
És minha única fuga do abstrato.
O manto incólume e indizível
Toda inexatidão ainda tolhida
Meu grito louco,pleno de imortal insanidade.