AMOR-ABISMO COM POESIA
Petiz insolente que a ferir-me atreves!
Empalidece de doudo desejo o bardo
Este que te vê, que te ama e que tu deves
achar um tolo e de paixão tão encarnado...
Não fira-me este teu corpo viperino
(que traduz o suor a pespegar-me o chambre,
E nas carnes feito azorrague mui ferino
Tornaste-me insone, sem que por outro eu chame...
Vês? por ti "perculum dicendi non recuso"
Todos meneiam a cabeça - meu disparate -
Decerto pensam meu amor tratar-se de algaravia,
Mas macerado estou, e muito mais recluso,
Pela tua indiferença que meu chão parte;
Tragando-me absorto -amor- abismo com
[poesia...