AMOR-ABISMO COM POESIA

Petiz insolente que a ferir-me atreves!

Empalidece de doudo desejo o bardo

Este que te vê, que te ama e que tu deves

achar um tolo e de paixão tão encarnado...

Não fira-me este teu corpo viperino

(que traduz o suor a pespegar-me o chambre,

E nas carnes feito azorrague mui ferino

Tornaste-me insone, sem que por outro eu chame...

Vês? por ti "perculum dicendi non recuso"

Todos meneiam a cabeça - meu disparate -

Decerto pensam meu amor tratar-se de algaravia,

Mas macerado estou, e muito mais recluso,

Pela tua indiferença que meu chão parte;

Tragando-me absorto -amor- abismo com

[poesia...

Wellington Berdusco
Enviado por Wellington Berdusco em 04/12/2011
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