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UM PÁSSARO PRETO
Odir Milanez
Um pássaro plaina na paz do poente,
posando poesia de plumas pardentas.
Levita em camadas de brisas mais lentas,
ao vento dá voltas, a ver se vê gente.
No céu cor de ouro, do sol um presente,
fiapos de nuvens pueris, alvacentas,
desviam do vôo o temor de tormentas
ao pássaro preto que plaina contente!
A praia parece no chão paraíso!
Um pássaro plaina. Parece espião,
traçando na terra o destino previso.
Um tiro certeiro no seu coração!
Sangrando de morte do tiro preciso,
um pássaro plaina no céu que há no chão!
Ó mente malsã, sem razão, sem juízo,
ó gente nascente de morte na mão!
JPessoa/PB
02.12.2011
oklima
Sou somente um escriba que escuta a voz do vento e o versa versos d'amor... |