FINGIMENTO DO POETA
Noite quieta, ensimesmada,
Pensativa, reticente...
Enche de tédio a toada
Num ritmo triste, dolente.
Não dá, não posso ensoar,
Dedilhar em minha lira,
Pois sinto a voz embotar...
Sentimento que revira...
Se o canto não sai perfeito,
A mão destra maneja...
Do pincel tira proveito
Verso surge prazenteiro,
Mesmo que vestido esteja
De um típico defunteiro.
(Lorena Alysson) 02/12/2011.