NOBRE VISITANTE
Naquela manhã de sol radiante,
Na lida eu estava concentrado
Quando, de repente, fui contemplado
Co’a presença dum nobre visitante.
Ele chegou silenciosamente
E, como se estivesse procurando
Suas flores, ficou sobrevoando
A sala em qu’eu estava presente.
Aproximou-se de mim e, parado
No ar, mostrou-se decepcionado
Por não encontrar sequer uma flor...
E não encontrando suas amantes,
Acabrunhado e num voo rasante,
Foi-se embora o nobre beija-flor.