Pássaro ferido
Fiquei como pássaro ferido,
Ao tentares cortar as minhas asas,
Como agora voar, voltar pra casa,
Se da vida eu perdi todo sentido.
Fiquei dias na penumbra adormecido,
Nem a fresta da janela eu abria.
Num vazio imenso minha alma adormecia...
A luz da lua quase tinha esquecido.
Sublimado, levantei-me da inércia,
Sol de tons entardecidos alma adentro
Se abrindo, colorindo minha janela!
Sensações de novamente flutuar...
Com sons de infinito movimento,
A dor fere, sangra, mata, mas não vela.