IGREJA DE SÃO FRANCISCO
Chega um tempo em que o tempo mesmo doa
À paz vegetativa, secular,
Um tom sutil de resignação,
Que já se dilui na linha do mar...
Chega um tempo em que o silêncio perdoa
À energia vital, que desperdiça
Tantas vozes, espectral oração
Que mal repercute ao fim de uma missa...
Crepuscular e barroca, seguro
A luz extasiada de um querubim,
Mas escorre já em meu peito escuro...
Agora, um pano surdo, roxo e negro,
Parece bordar um perdão em mim,
Estrela no inútil céu do desterro...
Por Fernando Fonseca, Araripina, 29/11/11.
Chega um tempo em que o tempo mesmo doa
À paz vegetativa, secular,
Um tom sutil de resignação,
Que já se dilui na linha do mar...
Chega um tempo em que o silêncio perdoa
À energia vital, que desperdiça
Tantas vozes, espectral oração
Que mal repercute ao fim de uma missa...
Crepuscular e barroca, seguro
A luz extasiada de um querubim,
Mas escorre já em meu peito escuro...
Agora, um pano surdo, roxo e negro,
Parece bordar um perdão em mim,
Estrela no inútil céu do desterro...
Por Fernando Fonseca, Araripina, 29/11/11.