Este soneto parte de um fato real que ocorreu aqui em Chapecó com o vereador Marcelino Chiarello, do PT. Rastreava desvios de dinheiro público em nosso município.  O crime ocorreu, em pleno dia, na data e hora assinalados ao pé do soneto.

VALOR DE UMA VIDA


VALOR DE UMA VIDA

Quando a vida mais não vale que a falcatrua
e em mãos de vândalos criminosas termina;
quando a política é máfia e no crime atua,
provas testemunhais em segredo elimina.

Quando o poeta é forçado a usar a arma sua
malsinando a arte para a qual se determina;
quando apela aos seus brios, se o pez-de-hulha o amua,
protesta co’a arte o crime e a revolta o ilumina.

Se é doída a morte de um amigo querido,
se o jovem perece e deixa filhos e esposa,
mais cruel é a ceifa criminosa da vida.

Mas ah! Existe o vil da facção sediciosa,
que mata, que enforca e junta soma indevida.
O chefe traz a alcunha de velha raposa.

281111 – 10H40MIN
Afonso Martini


Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 30/11/2011
Reeditado em 30/11/2011
Código do texto: T3364028
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