Metamorfose

Trinta de novembro! O tempo não passa!

Dez para meia noite e eu acordado

O peso de um monstro me amassa

me mantém, longe de tudo, aprisionado

Como comensal da minha desgraça

Este animal vem sendo alimentado

Devora-me por dentro, como uma traça

E como um parasita, tem me acompanhado

Era como se o que me restasse de vida

Pelos beiços desta infame criatura

aos poucos estivesse sendo sorvida

Hoje eu sinto, que a esta altura

A saudade que tenho desde minha partida

Cresce transformando-se em amargura

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 30/11/2011
Reeditado em 30/11/2011
Código do texto: T3364019
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