Metamorfose
Trinta de novembro! O tempo não passa!
Dez para meia noite e eu acordado
O peso de um monstro me amassa
me mantém, longe de tudo, aprisionado
Como comensal da minha desgraça
Este animal vem sendo alimentado
Devora-me por dentro, como uma traça
E como um parasita, tem me acompanhado
Era como se o que me restasse de vida
Pelos beiços desta infame criatura
aos poucos estivesse sendo sorvida
Hoje eu sinto, que a esta altura
A saudade que tenho desde minha partida
Cresce transformando-se em amargura