AO POETA OLAVO BILAC
(Ao ler seus poemas pendurados em árvores em Domingos Martins-Es)
Passaste por aqui, lá no arvoredo
Onde eu te vi cantar qual passarinho...
Com as aves do pomar, lendo-te Aedo,
Que melodia ouvi no pergaminho.
Cantavas as canções de um amor profundo,
Cantavas mais que as aves, mais que tudo,
E até arrebol cantava junto
Sangrando no horizonte afável e mudo.
E as aves nem ouvi lendo os teus versos
De tanta estesia que eu sentia,
E nem via as estrelas no universo...
Apenas me encantava com a poesia
E, na tua poesia eu estava imerso,
Era ela o meu mundo e as fantasias.