AO POETA OLAVO BILAC

(Ao ler seus poemas pendurados em árvores em Domingos Martins-Es)

Passaste por aqui, lá no arvoredo

Onde eu te vi cantar qual passarinho...

Com as aves do pomar, lendo-te Aedo,

Que melodia ouvi no pergaminho.

Cantavas as canções de um amor profundo,

Cantavas mais que as aves, mais que tudo,

E até arrebol cantava junto

Sangrando no horizonte afável e mudo.

E as aves nem ouvi lendo os teus versos

De tanta estesia que eu sentia,

E nem via as estrelas no universo...

Apenas me encantava com a poesia

E, na tua poesia eu estava imerso,

Era ela o meu mundo e as fantasias.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 29/11/2011
Reeditado em 30/11/2011
Código do texto: T3363772