Calango
O calango no meio das pedras
Movimento de extrema leveza
Para enganar o seu predador
Ou para surpreender sua presa
Esse calango de hábitos diurno
Que aparenta uma vida indolente
Só arrisca sair de sua toca
Quando o sol da manhã já esta quente
Mas outro calango é pura festança
Que ao som afinado da viola caipira
A morena brejeira seu corpo balança
Fiz esse soneto tentando explicar
Um é o calango do prado e do campo
O outro é calango de dança e cantar