Ausência

Saudade de ti, ó meu bem querer!

A Lua não é Lua, meu pingo de gente!
Há loucuras no apogeu do relento:
Noite, cidade vaga a fenecer!...

Ah, voz do poeta ao entardecer!...
As pegadas se apagam, silentes...
E a secura do óleo sai da mente;
a soma voltará ao anoitecer!...

Tudo perde sentido sem tua flor,
não esquecerei frases de amor,
na torre com tua luz colorida!

Ah, menina, não mostras tua noite,
mas sinais da garoa não tem açoites;
... e o sorriso esmaece nesta vida!





São Paulo, 26 de novembro de 2011
2h18