SONETO DA ILUSÃO
A vida é uma precita eterna ilusão,
A felicidade, um intangível sonho,
Tal como o céu na imensidão,
Tal como este verso que componho.
É como driblamos essa vastidão
E preenchemos um dia tristonho,
Embora todo dia seja uma versão
Do mesmo dia de ontem, eu suponho.
Há dias que me arrastam os vendavais
Na força dos grandes temporais
Que arrastaram paus, pedras e lixo.
E a felicidade a qual tanto desejo,
Fica mais longe de tudo que almejo
Não quer, não volta para o meu capricho.
(YEHORAM)