CANTO, RIO E CHORO
O meu verso não tem erudição,
Porque o sinto, talvez, mais do que o penso,
Pois sai sempre ao arroubo da emoção,
E muito pouco de um pensar intenso.
Também me falta um cabedal imenso,
Que eu possa usar, não tenho a pretensão,
Valho-me apenas d’alma, e me convenço
Que a fonte do meu verso é o coração.
Às vezes choro quando um verso canto,
Quando sai triste ele me leva ao pranto...
Quanto me alegra, quando sai sonoro!
Ouvir, sentir que está fazendo bem
Dentro de mim, é tudo que convém.
E é por isso que canto, rio e choro.
27/11/2011