"SER ÚTIL... SEM SE IMPORTAR A QUEM...
Sinto-me imponente diante do caos social
Que me circunda e me espreme contra o muro.
Se é fraqueza espiritual, ou se ainda estou imaturo
A respeito do dito, à luz de ser um mortal.
Não sei, pois eu me sinto uma vela acesa
Ao vento brando, que me sacode e balança.
Parece querer que eu acorde em esperança,
Ou até mesmo que eu cresça na convicta certeza.
Por vezes parece, entre grades, uma janela aberta,
Uma liberdade limitada, uma revolta desmedida.
É como se o mundo me alertasse para a vida.
Que bom seria ver florescer uma manhã sortida
De coragem e de todo vigor que a paz alerta
Para me tornar novamente útil... ser da precisão a coberta...
(ARO. 1993)