"SER ÚTIL... SEM SE IMPORTAR A QUEM...

Sinto-me imponente diante do caos social

Que me circunda e me espreme contra o muro.

Se é fraqueza espiritual, ou se ainda estou imaturo

A respeito do dito, à luz de ser um mortal.

Não sei, pois eu me sinto uma vela acesa

Ao vento brando, que me sacode e balança.

Parece querer que eu acorde em esperança,

Ou até mesmo que eu cresça na convicta certeza.

Por vezes parece, entre grades, uma janela aberta,

Uma liberdade limitada, uma revolta desmedida.

É como se o mundo me alertasse para a vida.

Que bom seria ver florescer uma manhã sortida

De coragem e de todo vigor que a paz alerta

Para me tornar novamente útil... ser da precisão a coberta...

(ARO. 1993)

Profaro
Enviado por Profaro em 27/11/2011
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