Flores da Lua 

     Brancuras imortais da Lua Nova
     Frios de nostalgia e sonolência...
     Sonhos brancos da Lua e viva essência
     Dos fantasmas noctívagos da Cova.       
 
     Da noite a tarda e taciturna trova
     Soluça, numa tremula dormência...
     Na mais branda, mais leve florescência
     Tudo em Visões e Imagens se renova.       
 
     Mistérios virginais dormem no Espaço,
     Dormem o sono das profundas seivas,
     Monótono, infinito, estranho e lasso...       
 
     E das Origens na luxúria forte
     Abrem nos astros, nas sidéreas leivas
     Flores amargas do palor da Morte.

                                                             (de “Faróis”)
 

Créditos:
www.biblio.com.br/

www.bibvirt.futuro.usp.br   
www.dominiopublico.gov.br



João da Cruz e Sousa (Brasil)
Enviado por Helena Carolina de Souza em 27/11/2011
Código do texto: T3359813