"DIREITO DE NASCER, MAS NÃO DE VIVER"
A espada do mundo decepa e afugenta
A carne... o corpo... e marginaliza
Aquela matéria que ainda em pé não aguenta,
E o espírito talvez ainda nem simboliza.
O mundo mais leis para o caso inventa
Sem respeitar que aquele sintetiza
Um momento louco e terno que o amor sustenta,
Que dali nasceu... mas seu viver desvaloriza.
Porque, simplesmente, ela não é mãe no papel
Pois sobrepujou a grande força do coração
Esquecendo-se que o mundo requere ao dedo um anel.
E ele, no direito natural à vida, nasceu,
Contudo, no valor social materialista de opinião,
O direito de viver aquele pequeno ser perdeu!...
(ARO. 1975)