"DIREITO DE NASCER, MAS NÃO DE VIVER"

A espada do mundo decepa e afugenta

A carne... o corpo... e marginaliza

Aquela matéria que ainda em pé não aguenta,

E o espírito talvez ainda nem simboliza.

O mundo mais leis para o caso inventa

Sem respeitar que aquele sintetiza

Um momento louco e terno que o amor sustenta,

Que dali nasceu... mas seu viver desvaloriza.

Porque, simplesmente, ela não é mãe no papel

Pois sobrepujou a grande força do coração

Esquecendo-se que o mundo requere ao dedo um anel.

E ele, no direito natural à vida, nasceu,

Contudo, no valor social materialista de opinião,

O direito de viver aquele pequeno ser perdeu!...

(ARO. 1975)

Profaro
Enviado por Profaro em 27/11/2011
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