Enlevo

     Da doçura da Noite, da doçura

     De um tenro coração que vem sorrindo,
     Seus segredos recônditos abrindo
     Pela primeira vez, a luz mais pura.
      
     Da doçura celeste, da ternura
     De um Bem consolador que vai fugindo
     Pelos extremos do horizonte infindo,
     Deixando-nos somente a Desventura.
      
     Da doçura inocente, imaculada
     De uma carícia virginal da Infância,
     Nessa de rosas fresca madrugada.
      
     Era assim tua cândida fragrância,
     Arcanjo ideal de auréola delicada,
     Visão consoladora da Distância...

                                  (de “Faróis”)
 

Créditos:
www.biblio.com.br/

www.bibvirt.futuro.usp.br   

www.dominiopublico.gov.br


João da Cruz e Sousa (Brasil)
Enviado por Helena Carolina de Souza em 27/11/2011
Reeditado em 27/11/2011
Código do texto: T3359764