Lá, nas celestes regiões distantes,
     No fundo melancólico da Esfera,
     Nos caminhos da eterna Primavera
     Do amor, eis as estrelas palpitantes.       
 
     Quantos mistérios andarão errantes,
     Quantas almas em busca da Quimera,
     Lá, das estrelas nessa paz austera
     Soluçarão, nos altos céus radiantes.
      
     Finas flores de pérolas e prata,
     Das estrelas serenas se desata
     Toda a caudal das ilusões insanas.
      
     Quem sabe, pelos tempos esquecidos,
     Se as estrelas não são os ais perdidos
     Das primitivas legiões humanas?! 

                                      (de “Faróis”)
 

Créditos:
www.biblio.com.br/

www.bibvirt.futuro.usp.br   

www.dominiopublico.gov.br


João da Cruz e Sousa (Brasil)
Enviado por Helena Carolina de Souza em 27/11/2011
Código do texto: T3359735