PROFANO SACROSSANTO

Dormes comigo, tu que eu amo tanto,
À luz do argênteo luar, onde há um só brilho
Nos alvos seios teus, onde o meu filho
Dormia há pouco ao som de um acalanto.

Dormes despida, santa sob o manto
Do puro amor, sem o véu do empecilho,
Solto do laço, o impudico andarilho
Profanamente fez-se sacrossanto.

Dormes nos braços meus, sobre o meu peito
Teus níveos seios em mi’as espáduas nuas
Depois de horas de êxtase e cansaços.

Dormimos eu e tu, em nosso leito.
Eu dormindo enlaçado às pernas tuas,
Tu dormindo enlaçada nos meus braços.





LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 26/11/2011
Reeditado em 27/11/2011
Código do texto: T3358433
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