PROFANO SACROSSANTO
Dormes comigo, tu que eu amo tanto,
À luz do argênteo luar, onde há um só brilho
Nos alvos seios teus, onde o meu filho
Dormia há pouco ao som de um acalanto.
Dormes despida, santa sob o manto
Do puro amor, sem o véu do empecilho,
Solto do laço, o impudico andarilho
Profanamente fez-se sacrossanto.
Dormes nos braços meus, sobre o meu peito
Teus níveos seios em mi’as espáduas nuas
Depois de horas de êxtase e cansaços.
Dormimos eu e tu, em nosso leito.
Eu dormindo enlaçado às pernas tuas,
Tu dormindo enlaçada nos meus braços.
Dormes comigo, tu que eu amo tanto,
À luz do argênteo luar, onde há um só brilho
Nos alvos seios teus, onde o meu filho
Dormia há pouco ao som de um acalanto.
Dormes despida, santa sob o manto
Do puro amor, sem o véu do empecilho,
Solto do laço, o impudico andarilho
Profanamente fez-se sacrossanto.
Dormes nos braços meus, sobre o meu peito
Teus níveos seios em mi’as espáduas nuas
Depois de horas de êxtase e cansaços.
Dormimos eu e tu, em nosso leito.
Eu dormindo enlaçado às pernas tuas,
Tu dormindo enlaçada nos meus braços.