Diluências de luz, velhas tristezas
     Das almas que morreram para a lute!
     Sois as sombras amadas de belezas
     Hoje mais frias do que a pedra bruta.
      
     Murmúrios incógnitos de gruta
     Onde o Mar canta os salmos e as rudezas
     De obscuras religiões -- voz impoluta
     De sodas as titânicas grandezas.
      
     Passai, lembrando as sensações antigas,
     Paixões que foram já dóceis amigas,
     Na luz de eternos sóis glorificadas.
      
     Alegrias de há tempos! E hoje e agora,
     Velhas tristezas que se vão embora
     No poente da Saudade amortalhadas!...

                                                     (do livro “Broquéis”)
 
 
Créditos:
www.biblio.com.br/
www.bibvirt.futuro.usp.br     
www.dominiopublico.gov.br



João da Cruz e Sousa (Brasil)
Enviado por Helena Carolina de Souza em 26/11/2011
Código do texto: T3357929