Musselinosas como brumas diurnas
     Descem do acaso as sombras harmoniosas,
     Sombras veladas e musselinosas
     Para as profundas solidões noturnas.
      
     Sacrários virgens, sacrossantas urnas,
     Os céus resplendem de sidéreas rosas,
     Da lua e das Estrelas majestosas
     Iluminando a escuridão das furnas.
      
     Ah! por estes sinfônicos ocasos
     A terra exala aromas de áureos vasos,
     Incensos de turíbulos divinos.
      
     Os plenilúnios mórbidos vaporam...
     E como que no Azul plangem e choram
     Cítaras, harpas, bandolins, violinos...

                                                (do livro “Broquéis”)
 
 
Créditos:
www.biblio.com.br/
www.bibvirt.futuro.usp.br     
www.dominiopublico.gov.br



João da Cruz e Sousa (Brasil)
Enviado por Helena Carolina de Souza em 26/11/2011
Código do texto: T3357899