Dentre o chorar dos trêmulos violinos,
     Por entre os sons dos órgãos soluçantes
     Sobem nas catedrais os neblinantes
     Incensos vagos, que recordam hinos...
      
     Rolos d'incensos alvadios, finos
     E transparentes, fulgidos, radiantes,
     Que elevam-se aos espaços, ondulantes,
     Em Quimeras e Sonhos diamantinos.
      
     Relembrando turíbulos de prata
     Incensos aromáticos desata
     Teu corpo ebúrneo, de sedosos flancos.
      
     Claros incensos imortais que exalam,
     Que lânguidas e límpidas trescalam
     As luas virgens dos teus seios brancos.

                                                 (do livro “Broquéis”)
 
 
Créditos:
www.biblio.com.br/
www.bibvirt.futuro.usp.br     
www.dominiopublico.gov.br



João da Cruz e Sousa (Brasil)
Enviado por Helena Carolina de Souza em 26/11/2011
Código do texto: T3357882