* ODEIO-TE *
Odeio-te tanto e com tamanha ferocidade
Que ver-te pouco ou constantemente
Causa-me náuseas, repulsa latente
Desejo-te a dor e a infelicidade
De um odor degradante, fétido a exalar
Tu expurgas divinas criaturas
Transmuta-te em odiosas gravuras
Faz de um universo podre, teu cético altar
Quem dentre vós haverá de se opor
Ao que clamo, definho e trato com horror
Dos alucinados que vestem impiedosa toga
Não há paz que se faça presente
Traidora, traiçoeira serpente
Aniquila e maltrata... és a DROGA!
(Poema transmutado em soneto)