"NADA MUDOU"
Meu Deus! Meu Deus! Já soletrava em versos
Aos quatro cantos do mundo, sem ser ridículo ou perverso,
Castro Alves, ao se referir ao Brasil, Pátria Gentil,
Servil a tantos quanto nunca a amaram... E ele nem viu!
Vidência afortunada, pena não fosse ao contrário
Como se cada frase tivesse vindo de algum relicário,
De algum diário inoportuno, sem eloquência,
De um vulto qualquer, sem sobrenome, sem competência.
Mas, ao fato se dá a verdade clara, cristalina,
De acontecimentos marcantes que só trazem tristeza
Continuados nos poderosos que vivem a “virar a mesa”.
Continuas a mesma, Pátria amada, - quem te vê, quem te viu-
Desprezando os teus filhos por outros tantos mil
Que te sugam em proveitos próprios... Essa é tua sina?
(ARO. 1994)