"SEM FALSA INTENÇÃO"
Tudo que surge ou aparece pela espontaneidade
Não traz espinhos, tão pouco traz o amargor do fel;
Não sugere segunda intenção, pois é a pura realidade;
Não permite dupla interpretação, está claro como o céu.
Assim são os atos e as ações, e até mesmo as recusas
Quando fluem da independência de uma vontade,
Quando brotam sem reflexão, como se fossem musas
Inspiradas num estalar de dedo, pela sinceridade.
Esse momento não requer retaliações de conduta
Já que não se prevalecem de alguma providência a se organizar
E construir sua defesa com palavras rebuscadas.
O espontâneo está implícito ao natural que luta
Por ser aceito sem restrição, sem se ponderar,
Haja vista que ele vem sem a falsa intenção declarada.
(ARO. 1998)