É TARDE...
A juventude por mim passou livre e ardente!
E nos amores e paixões hoje esquecidas,
fiz do prazer a vil bandeira decadente,
das ilusões de mil jornadas repetidas!
A insana vaidade outra vez se fez presente!
As sutis lembranças que eu trazia de outras vidas,
não despertaram p!rá razão a minha mente
e como d!antes, foram cenas revividas !
No fim, refém de Baco, o astuto deus profano,
entre visões de um mundo podre e desumano,
o atroz remorso dentro d!alma o peito invade!
E no silêncio, a suplicar porto seguro,
ante o Barqueiro que me sonda em manto escuro,
ouço da Vida que responde: - Agora é tarde!