SONETO À TOA.
Qual o teu domínio sobre a minha poesia?
Por que os meus versos convergem para ti?
Eu busco outros tons, outras harmonias,
E ao final, chego sempre ao teu sorrir.
Por que causas tamanha ventania
Em pobres rimas que só desejam existir
Perscruto tantos amores, tantas alegrias
E ao final, eu sei que só tu estás aqui.
Invades-me os sonhos, nem pedes licença.
Canetas e papéis por ti têm amor secreto
Ah, se soubessem o quanto ele é incerto!
Não estariam na eterna dependência
Da tua voz, da tua boca, do teu cheiro
Para só então brotarem um poema inteiro.