Entardecer...
No lusco fusco do arremate do dia,
No horizonte, a tarde se faz dourada,
Nos verdes prados, o minuano assobia
A noite se aprochega, de prata, bordada...
No rancho, fogão de chapa, chaleira chia,
Hora de encerrar a lida, ir prá morada,
Trancar a porta, deixar lá fora a noite fria,
Cevar um mate...olhar a lua encantada...
Nessa hora, estremece e avoluma o peito,
Tantos recuerdos na mente assomam,
Num entrevero, o coração, açoitam...
Mas o chimarrão macanudo, com jeito,
Corre, também pelas veias e o corpo aquece,
E o coração gaúcho, mágoas, logo esquece...