O CONFORTO DA NOITE
Eu passo horas a fio e vou atrás
Da noite escura, do breu, do meu alento,
É quando, então, que sinto a paz
E o conforto para o meu tormento.
Por tanto, o cansaço que o dia traz,
Aspiro pelas brumas e pelo vento
Como coadjuvante a lua me refaz
Com as estrelas lá no firmamento.
E na duração do fulgor maçante
Que nele o pranto torna-se abundante,
Mas caem lágrimas de onde?
Se na ocupação da acerba realidade
Que aparece na luz duma verdade
Que o sono da noite me esconde.
(YEHORAM)