Cigana
Confesso que me tornei esta penumbra
Reputei por vezes de amor anseios
Revirei-me, procurando sem ti os meios
De arremeter-me desta sina tumba
Fui-te amor, amigo e companheiro
Fostes a minha "luce", vi-te o olhar
Fiz de ti, estrela celeste a brilhar
Mal sabias, que em ti derradeiro
Custei-me então perceber
De que amor nem sempre há
Num sonho de amar malogrado
Fiz mudo para entender
Que existe uma cigana má
Que me quer, mas não sou amado