Ah! Judia! Judia impenitente!
     De erma e de turva região sombria
     De areia fulva, bárbara, inclemente,
     Numa desolação, chegaste um dia...
      
 
     Través o céu mais tórrido, mais quente,
     Onde a luz mais flamívoma radia,
     A voz dos teus, nostálgica, plangente,
     Vibrou, chorou, clamou por ti, Judia!
      
 
     Ave de melancólicos mistérios,
     Ruflaste as asas por Azuis sidérios,
     Ébria dos vícios célebres que salvam...
      
 
     Para alguns corações que ainda te buscam
     És como os sóis que rútilos coruscam
     E a torva terra do deserto escalvam!

                                             (do livro “Broquéis”)
 
 
Créditos:
www.biblio.com.br/
www.bibvirt.futuro.usp.br    



João da Cruz e Sousa (Brasil)
Enviado por Helena Carolina de Souza em 24/11/2011
Código do texto: T3353072