SENSAÇÕES DA CHUVA
É triste e cinérea a chuva la fora,
O lúgubre festejo de um atro dia
Que em meio escarcéu há harmonia
Ao som de minh´alma, ave canora.
Em mim as águas, o dilúvio de outrora,
Trazem a sensação, triste euforia
Que pelo o meu corpo se contagia
Até a morbidez que em mim mora.
E por dentro um sonho que tortura,
Na enxurrada viaja a desventura
No reecontro de mim com minhas raizes.
Sempre me envolvo em águas profundas
Que no imo agita, sai as mais fecundas,
Absorto em recordações felizes.
(YEHORAM)