Ó carnes que eu amei sangrentamente,
     Ó volúpias letais e dolorosas,
     Essências de heliotropos e de rosas
     De essência morna, tropical, dolente...
      
 
     Carnes virgens e tépidas do Oriente
     Do Sonho e das Estrelas fabulosas,
     Carnes acerbas e maravilhosas,
     Tentadoras do sol intensamente...
      
 
     Passai, dilaceradas pelos zeros,
     Através dos profundos pesadelos
     Que me apunhalam de mortais horrores...
       
 
     Passai, passai, desfeitas em tormentos,
     Em lágrimas, em prantos, em lamentos,
     Em ais, em luto, em convulsões, em cores...

                                                  (do livro “Broquéis”)
 
 
Créditos:

www.biblio.com.br/
www.bibvirt.futuro.usp.br     



João da Cruz e Sousa (Brasil)
Enviado por Helena Carolina de Souza em 23/11/2011
Reeditado em 23/11/2011
Código do texto: T3352536